Parques Públicos de Manaus precisam de manutenção

As administrações locais, seja Estado ou Prefeitura, ainda pecam muito na manutenção das obras públicas, como os parques e praças. Tal realidade se intensifica fora do trecho histórico da cidade. Parques e Praças são criados, inaugurados com pompa, mas com o tempo vão caindo no esquecimento da falta de manutenção, da precariedade de iluminação e segurança, o que contribui para o vandalismo. De um lado, tornam-se lugares apreciados para quem deseja cometer pequenos delitos e com isso, a população é privada do uso do espaço; por outro, torna-se mais dispendioso para o dinheiro público reformar e revitalizar o espaço. Segue a matéria do Jornal A Crítica, com um comentário que estava na página, que, acredito, resume bem a situação de outros espaços públicos da cidade.


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A Crítica
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Parques públicos permeiam entre o lazer e o perigo em Manaus

Em parte dos parques e praças gerenciadas pela gestão municipal, A CRÍTICA constatou que há inúmeras deficiências

    No Parque dos Bilhares, na Zona Centro-Sul, o entorno do lago, onde fica o píer, é um dos locais preferidos para quem busca tranquilidade, mas também um dos mais perigosos, apontam frequentadores
    No Parque dos Bilhares, na Zona Centro-Sul, o entorno do lago, onde fica o píer, é um dos locais preferidos para quem busca tranquilidade, mas também um dos mais perigosos, apontam frequentadores (Márcio Silva)
    Os parques urbanos que poderiam ser usados para caminhar com tranquilidade, passear com as crianças, relaxar e encontrar amigos, estão cada vez mais sendo subutilizados por não oferecerem a segurança devida aos frequentadores. Em parte dos parques e praças gerenciadas pela gestão municipal, A CRÍTICA constatou que há deficiências.
    Um exemplo é o Parque Ponte dos Bilhares, localizado no bairro Chapada, na Zona Centro-Sul, no complexo entre as avenidas Djalma Batista e Constantino Nery. Neste local constatou-se que não havia nenhum guarda civil municipal, responsável pela segurança. O Gabinete Militar, responsável pela Guarda Municipal, informou que, somente para aquele espaço público, há um efetivo de 32 guardas, que fazem a segurança em sistema de escala. Mas frequentadores do local relatam que a segurança no local está deixando a desejar. “Eles (guardas) deveriam percorrer o local e permanecer nos lugares mais escondidos do parque”, comentou o fisioterapêuta Marcos Lima, 36.
    A mesma opinião tem o universitário Rodrigo Soares Bentes, 49. “Conheço várias pessoas que tiveram celular e carteira furtados aqui nos Bilhares”, disse. Ele ressaltou que, como reside nas proximidades do parque, procura frequentar o local em horários de maior movimento para evitar esse tipo de problema.
    O advogado e perito em segurança do trânsito Sandro Max, 38, também reclamou da falta de segurança. “Já vi jovens fazendo o uso de drogas quando deveriam estar na sala de aula, isso representa um perigo para a sociedade, aqui não há segurança, cadê o guarda que devia estar presente?”, relatou o advogado, que faz o trajeto de casa para o trabalho pelas dependências do Parque dos Bilhares. Segundo ele, muitas pessoas deixaram de ir ao local por medo.
    Outro ponto colocado pelos frequentadores é em relação ao mau cheiro que incomoda a quem se arrisca a caminhar. “Quem visita o parque dá logo de ‘cara’ com essa situação. O espaço também tem problemas de manutenção. Há paredes pichadas”, citou o professor Adail da Silva Marques, 33.
    O coordenador do Grupo Pedala Manaus, Paulo Aguiar, disse que às terças e quintas à noite o grupo que ele coordena tem o ponto de concentração no Parque dos Bilhares, e diz que por conta do monitoramento que eles próprios fazem no local, antes da concentração, o grupo não corre perigo. Para ele, quanto mais pessoas estiverem reunidas num ponto, menores são as chances de ocorrer prática de crime.
    Mas, para os moradores das redondezas, as coisas que eles veem são absurdas. “O estacionamento se transformou num verdadeiro motel, além do uso indiscriminado de drogas e álcool por adolescentes”, contou um dos moradores que preferiu não se identificar.
    Poucos guardas civis ‘em ação’
    A situação se repete em outros parques. A CRÍTICA visitou o Parque do Mindú, no bairro Parque 10, na Zona Centro-Sul, e encontrou um único guarda civil sentado na guarita da entrada principal.
    Nas demais dependências do local, apenas mais um guarda foi localizado. As áreas verdes e com menor fluxo de pessoas também são evitadas no Mindu. “Até o anfiteatro é bem monitorado, mas dali em diante, nas trilhas, é cada um por si”, relatou um morador do bairro, que preferiu não ter o nome revelado.
    Segundo ele, as trilhas em meio às árvores são rota de fuga de bandidos e nelas é comum achar documentos e carteiras deixadas por eles.
    Para a segurança do Mindú, o Gabinete Militar informou que há um efetivo de 15 guardas, mas eles não foram vistos. Nas Praças da Matriz e da Saudade, no Centro, apenas quatro guardas dos 19 destacados foram localizados.

    Comentários em ordem cronológica

    TOTAL 1 COMENTÁRIOS

    helder

    15 mai 13, 9:47 am (há cerca de 1 hora)
    No parque Lagoa do Japiim a mesma situação de abandono e insegurança se repete, falta de iluminação, de guardas municipais em áreas estratégicas além do mau cheiro contribuem para o afastamento dos frequentadores, outro dia escapei de ser assaltado porque observei uma atitude suspeita de um indivíduo e me afastei, pouco tempo depois esse mesmo indivíduo saiu correndo após roubar um celular de uma outra frequentadora, agora eu pergundo onde estavam os guardas pois não vi nenhum?, outro lugar que também está abandonado é a área do PROSAMIM que fica por baixo da ponte de ferro da 7 de setembro, não tem mais seguranças e já tem até gente praticamente morando num coreto que fica no mesmo local e ao lado da ELETROBRÁS...o que é mais vantajoso para o governo? deixar abandonado e daqui a pouco ter que reformar ou preservar o local com seguranças ou guarda municipais dos vândalos que depredam e causam insegurança? Fica a pergunta aos nossos queridos governantes...

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